Londres 03:15 AM

Jack tentava agora se soltar de todas aquelas mãos nojentas imundas e podres, mas não estava tendo sucesso. Kathleen tinha lágrimas nos olhos, Snow agora no chão corria entre os zumbis com o pelo eriçado.

- É o nosso fim Jack! - Falou ela com a mão escorregando em seu inseparável pé-de-cabra.
- Não é não! - O ex advogado inconformado ao ver os zumbis segurarem Kathleen pelo ombro distribuiu algumas facadas.

Brasil, MG - 07:15 AM

Spark e seu time estava rodeando uma pequena mesa, um QG improvisado para os soldados.

- Escutem bem a nossa missão! Vocês devem matar esses homens, a tecnologia para um controle dessa praga me preocupa e isso também deixa nossos queridos chefes incomodados.

- Eu vou atrás desses homens? - Perguntou Nicolly olhando a ficha de alguns cientistas.
- Exato. - Spark observou todos os seus homens, pareciam tranquilos e feitos de pedra, a não ser é claro Lancelot que sorria de orelha a orelha.
- Eu desse garoto? - O rapaz empolgado olhava a foto de Rodrigo.
- Ele não é um garoto, é seu alvo Lancelot. - Spark respondeu frio.
- 'B', você acha problemático entrar na base militar deles? - Spark perguntou olhando uma planta em cima de uma mesa.
- Não senhor, aqui o sistema pode ser facilmente desligado. - Respondeu 'B' concentrado, sem nem mesmo tirar os olhos da planta.
- Certo, vamos começar. 'B' e Nick, levem todos os homens com vocês para a base militar, espero que não falhem. Lancelot e eu vamos cuidar do alvo 1.
- Eu não entendo, por que ele é tão importante assim? - Nick perguntou enquanto colocava munição no rifle e logo em seguida um silenciador em uma pistola.
- Ele teve contato com sobreviventes. - Falou Spark olhando friamente para a moça.
- E daí?- Nick levantou uma sobrancelha com um jeito que deixava seu comandante muito irritado.
- Ele é prioridade 1, não teremos sobreviventes em Londres. - Spark olhava para Nick como se ela tivesse ofendido sua mãe.
- Entendido. - A moça se calou e abaixou os olhos entendendo o que o olhar de Spark queria dizer.

Sairam todos para um longo pátio cheio de carros negros e brilhanes, onde motoristas os esperavam um em cada veículo. Spark entrou e sentou no banco do Carona, Lancelot ficou no banco de trás, guardou a pistola no coldre escondido por baixo da blusa branca que usava e sorriu olhando o comandante.

- Nós dois devemos ser mais que suficientes para matar esse Rodrigo. - Falou Spark olhando a foto do rapaz ao lado de uma moça ruiva na foto.

Rodrigo com a cabeça latejando viu a irmã entrar no quarto, preocupada como sempre.

- Mano, você tá legal? - Perguntou indo até ele.
- Estou, vou dormir mais um pouco ok?
Um barulho abafado assustou os dois.

- Esse não é o seu Celular? - Perguntou ela enquanto revirava uma pilha de roupas jogadas no chão.
- É sim! - Falou tirando o aparelho das mãos da irmã.

- Alô?
- Hmm, você é o garoto que teve contato com sobreviventes da catástrofe de Londres não é? - Perguntou a voz fria e direta em inglês.
- Sou eu mesmo! - Falou experançoso em inglês, afinal talvez alguém resgatasse aquelas pessoas.

Não obteve resposta, a ligação caíra ou a pessoa do outro lado da linha tinha desligado.

- Que estranho! - Falou para si mesmo.
- O que foi Rô? - A ruiva perguntou curiosa.
- Um cara me ligou, falando em inglês...
- O que tem de estranho além dele falar inglês?
- A pergunta que ele fez... Ai minha cabeça! - Exclamou curtindo um pouco da ressaca.
- Esquece mano, descança tá?
- É Nanda, hoje é daqueles dias que não sairei da cama.

- Conseguiu a localização dele? - Perguntou Spark sem nem mesmo olhar para Lancelot.
- Ele está em casa, e você tinha razão Spark, esse é o celular dele.
- Vamos. - Spark saiu do carro e sorriu.
- Vamos entrar lá e matá-lo? Apenas isso? - Perguntou o jovem interessado.
- Claro.
- Ele não tem familia?
- Não moram com ele, apenas uma irmã. Garoto você não leu nada sobre o alvo?
- Só pra confirmar senhor.